Testemunha afirma que Lulinha recebia “mesada” de R$ 300 mil do Careca do INSS
Depoimento aponta repasses mensais e movimentações suspeitas
Uma nova denúncia envolvendo Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, reacendeu as discussões sobre possíveis irregularidades ligadas ao esquema investigado na CPMI do INSS. De acordo com o relato prestado por uma testemunha, valores mensais de aproximadamente R$ 300 mil teriam sido repassados ao filho do presidente por Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Além disso, foi mencionado também um repasse único estimado em R$ 25 milhões, embora detalhes sobre essa transferência ainda não tenham sido esclarecidos.
Relação entre os envolvidos e viagens em comum
Segundo o depoimento, que passou a compor documentos anexados ao processo, a relação entre Lulinha e Antunes era mantida de forma frequente, com encontros e até viagens ao exterior. Ainda que as investigações estejam em andamento, a testemunha afirmou que deslocamentos para países europeus foram realizados pelos dois, o que, inclusive, levantou suspeitas adicionais entre membros da comissão parlamentar.
Acusações de intimidação e obstáculos nas apurações
Além dos supostos pagamentos, a testemunha declarou estar sofrendo ameaças e perseguição. Paralelamente, durante as reuniões da CPMI, houve tentativa de incluí-la oficialmente no cronograma de depoimentos, mas a proposta acabou sendo rejeitada pela maioria. Como consequência, parlamentares críticos ao resultado passaram a argumentar que a recusa cria barreiras para o avanço das apurações.
Repercussão política e pressões institucionais
Com a circulação das informações, o tema rapidamente ganhou força no debate político, especialmente porque envolve pessoas associadas a figuras de grande relevância nacional. Desse modo, a pressão para que novos documentos sejam incorporados aos autos da investigação aumentou. Ao mesmo tempo, representantes do sistema legislativo começaram a discutir a necessidade de ampliar o escopo de análise da comissão, a fim de verificar eventual participação de outros agentes.
Próximos passos no processo de investigação
Agora, membros da CPMI devem avaliar novamente se o depoimento será incluído formalmente na investigação. Além disso, pedidos adicionais de compartilhamento de materiais apreendidos pela Polícia Federal podem ser encaminhados. Embora ainda não haja comprovação documental dos repasses citados, a denúncia elevou o nível de atenção dentro do Congresso e, portanto, tende a influenciar os próximos movimentos da comissão.


